Leitura infantil: ainda é preciso incentivar muito, desde bebê!

club_livro_kids_bh_infantil_11O hábito da leitura é conquistado desde os primeiros anos da infância. Mesmo o bebê pode ter contacto com livros de banho, de plástico, manuseando e visualizando ilustrações coloridas e ouvindo o adulto contar histórias. Mais tarde, a criança pequena vai enxergando as letras até chegar a decodificá-las, quando finalmente se alfabetiza.

Quando aprende a ler, a criança abre para si um universo amplo e infinito em possibilidades. Ela pode viajar pelo mundo, pelas culturas, pela mente de outras pessoas, conhecendo as diferentes situações que ela mesma não pode viver, a partir de personagens e histórias que contam emoções, desafios, frustrações e grandes ideias através dos livros.

Ler em família é mais divertido
Os pais podem participar de várias formas, desde o exemplo que dão ao ler livros, folheando e manuseando revistas e jornais até ajudar a escolher os livros e ler junto com o filho. Cada criança e idade requerem um acompanhamento diferente, mas o fato é que, no Brasil, a cultura da leitura precisa, e muito, de um incentivo extra para criar leitores.

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Tem jeito dos livros concorrerem com os eletrônicos?
Impossível, cada um tem o seu valor, a sua hora e o seu lugar. Os pais precisam entender que um não substitui o outro. Nem deve!
Ambos são necessários, cada um a seu tempo e modo, no desenvolvimento do seu filho. Os livros têm o papel de instruir, de distrair, de ocupar um lugar na vida das crianças. Formar, através de histórias, conceitos e referências que a criança vai levar consigo pelo resto da vida. O tempo e o “espaço” necessários para se dedicar à leitura de um livro é muito diferente dos dedicados a um game, a um vídeo no Youtube…Enfim, não há como dizer que as crianças de hoje podem se relacionar mais com os eletrônicos e pronto.

Até quando a cultura dos livros vai durar? As histórias animadas e os vídeos vão tomar conta?
Questão polêmica, e um tanto quanto desnecessária para os pais. Gastemos nossas energias incentivando e dedicando ao que é importante no curto e médio prazo. O longo prazo, neste caso, é longo demais. Uma discussão difícil de ser concluída. Ainda estamos em um sistema de ensino e de sociedade em que a leitura, a dissertação, a expressão escrita, são muito exigidas. O fato de você ou seu filho preferirem os meios eletrônicos, os vídeos, os áudios, não os exime de se adequarem à realidade nas escolas, nos empregos, na vida de relação.

Enquanto se conclui até quando é necessário primar tanto pelo velho livro, vamos contar e recontar nossas histórias. Não cansamos de ver resultados criativos, cognitivos, sociais e afetivos nas crianças que lêem muito. E se seu filho não tem este perfil, não compare-o. Cada um tem um ritmo, uma habilidade diferente! O importante é incentivar, sempre!

Autora: Tatiana Camargos Lamego

Professora infantil e comunicóloga

Fundadora da Bem Família