Aprendendo a falar e a ouvir: a importância do estímulo e do diagnóstico precoce, no desenvolvimento da linguagem


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A aquisição de linguagem
se inicia nos primeiros contatos do bebê com o mundo, por meio da interação com o meio e as pessoas ao seu redor. A criança aprende, aos poucos, a usar as palavras para descrever o que vê, sente, ouve e pensa na medida em que conclui as etapas do desenvolvimento mental, emocional e comportamental. Ou seja, o desenvolvimento da linguagem vai acontecer mediante os estímulos e interferências que o ambiente social e cultural tem na vida da criança.

 

Os sons começam a fazer sentido para o bebê de acordo com os significados que os adultos dão para eles. Crianças que recebem pouco ou nenhum estímulo poderão apresentar prejuízo no desenvolvimento de linguagem. A criança com algum tipo de inflamação no ouvido, como a otite, por exemplo, pode apresentar desatenção por não ouvir direito, o que dificulta o processo de aprendizagem das palavras. A fala está diretamente ligada à audição. Quando o bebê ouve as outras pessoas conversarem, aprende os sons das palavras e como as frases são estruturadas. Embora algumas crianças comecem a formar palavras com 9 meses, muitas vão fazer isso só depois com 1 ano e 3 meses. Se o seu filho ainda não fala nenhuma palavra com essa idade, ou você ainda não consegue entender o que ele diz, converse com o pediatra ou o fonoaudiólogo.

Dicas: A criança deve ser estimulada logo após o nascimento: fazer expressões faciais, mandar beijinho ou mostrar a língua para a criança, funcionam como bons exercícios orais. Sempre fale de frente para a criança na mesma altura que ela. Sempre pronuncie as palavras corretamente, evitando palavras no diminutivo, apelidos ou infantilização na fala. É indispensável que você crie a necessidade para a criança falar. Quanto mais correto você conversar melhor será a fala da sua criança. Não se adiante ao pedido da mesma, nem atenda aos gestos ou outra forma de comunicação que não seja verbal. Lembre-se, você é o espelho! A criança deve estar livre para aproveitar a sua infância e, de um modo geral, as brincadeiras mais simples são as que melhor podem ser exploradas contribuindo muito para o desenvolvimento da criança.

 

Sheila Pires Fonosheilaaudióloga Clínica da Bem Crescer –

Atendimento Multidisciplinar e Referência técnica do Sesc Saúde São Francisco. Especialista em Audiologia e Psicopedagogia.