A partir de qual idade e quanto tempo as crianças podem ficar expostas às tecnologias virtuais? Esse um questionamento frequente dos pais.

É importante ficarmos atentos aos riscos que estes aparelhos podem trazer às crianças. Os problemas são inúmeros: alterações do sono, irritabilidade, dificuldade de aprendizado ou concentração. Até problemas mais graves, como distúrbios de ansiedade, depressão infantil e obesidade, podem ter origem no tempo excessivo que as crianças ficam conectadas.

Somente a partir dos dois anos de idade a criança deve ser inserida a essas tecnologias. Existem diversos aplicativos com jogos e vídeos educativos de fácil acesso para os pequenos, mas não há comprovação que esse tipo de método seja positivo no aprendizado e desenvolvimento das crianças. Se seu filho tem menos de dois anos e adora o mundo digital procure não deixá-lo mais que trinta minutos conectado.

Já para as crianças maiores e adolescentes, o uso da tecnologia está inserido nas atividades escolares e por isso, inevitavelmente, eles ficam um tempo significativo conectadas. O ideal é que exista um equilíbrio entre o tempo de uso dos aparelhos eletrônicos e as atividades ao ar livre, tais como leituras, esportes, brincadeiras e passeios em parques e praças.

Cuidado para que os gadgets (aparelhos mecânicos/eletrônicos) não sejam as babás de seus filhos! A inserção no mundo virtual está cada vez mais precoce e é inerente à atualidade. O ideal é que as crianças não fiquem mais que 2 horas ligadas ao universo digital, seja através de tablets, smartphones, televisão, computadores e outros aparelhos similares. Precisamos ficar atentos ao comportamento, à capacidade de concentração e às interações sociais de nossos filhos.

E se apresentarem algum sinal de problema, qualquer que seja a idade, o pediatra deve ser consultado!

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Marina Arantes, Pediatra da Primeiros Passos Clínica Pediátrica.

viciado em tecnologia_saude_bemfamiliaÉ inegável que a tecnologia facilita nossas vidas em muitos aspectos, tais como o armazenamento de informações, a comunicação e o acesso a lugares distantes. Por outro lado, ela também coloca muitas questões, principalmente, para os pais que se perguntam sobre o uso que seus filhos fazem de seus instrumentos. Afirmações como “Meu filho só quer saber do tablet!” e “Se deixar, ele joga Minecraft o dia todo” são cada vez mais comuns e revelam a preocupação dos adultos com o possível desenvolvimento de um vício por tecnologia. Mas, o que de fato quer dizer que uma criança está viciada em tecnologia?

Inicialmente, é preciso observar se a forma como a criança utiliza a tecnologia está prejudicando alguma instância de sua vida como, por exemplo, seu desempenho na escola, sua relação com as outras crianças e seu desenvolvimento psíquico e cognitivo, o que pode aparecer na forma dos seguintes sinais: piora do desempenho escolar (aqui, me refiro não só às notas, mas também ao desenvolvimento da criança no que concerne a seu aprendizado e relacionamento interpessoal), afastamento das outras crianças, ansiedade, nervosismo, insônia entre outros. Assim, é preciso que haja danos na vida do seu filho para que você possa afirmar que ele está viciado.

Vejo que muitos pais tendem a comparar sua infância com a infância dos filhos, o que muitas vezes os leva a concluir que estes podem estar fazendo um uso excessivo da tecnologia, não pelos problemas gerados por este uso, mas pelo fato de não fazerem as mesmas coisas que seu pais faziam quando pequenos: brincar na rua, ir na casa dos amigos, subir em árvores, etc. É importante considerar a época em que vivemos, afinal, as crianças não são as mesmas de antigamente, ainda que existam várias questões relacionadas com a infância que não se alteram com o tempo.

É necessário destacar ainda que a melhor forma de contornar algum problema relacionado à tecnologia está longe de ser a proibição do uso do tablet, smartphone, videogame e/ou computador, já que, além de nós adultos sermos os primeiros a dar exemplos contrários a tal impedimento, pois, em geral, também utilizamos as redes sociais, as ferramentas de pesquisa, o what´s app, etc (Não é raro ver uma criança pulando na frente de seus pais para que estes larguem o celular o olhem para ela), a criança precisa aprender a conviver com a tecnologia de uma forma saudável, uma vez esta fará parte de sua vida.

É preciso ajudar a criança a refletir sobre o modo como tem usado esses instrumentos, além de introduzir outros recursos lúdicos que ampliem seu campo de interesse. Muitas vezes, os pequenos ficam em casa sem ter muito o que fazer além de jogar e acessar a internet. Por isso, além de observar os sinais que indicam algum prejuízo em suas vidas, devemos levar em consideração o ambiente em que vivem e os estímulos e atividades que estão sendo ofertados a elas.

 

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Paula Melgaço

sócia-fundadora da Clínica Base, graduada em Psicologia pela UFMG

Especialista em Relações Internacionais

Especialista em Psicanálise com Crianças e Adolescentes pela PUC-MG

Mestranda em Psicologia na PUC-MG.

Referência da Clínica Base em projetos relacionados à adolescência e à tecnologia/mundo virtual. (www.clinicabase.com)

Youtube Kids é a versão ‘segura para crianças’ do YouTube e outros serviços

Youtube para criançasFoi lançado na segunda-feira (23/02) o YouTube Kids, um novo aplicativo do Google voltado ao público infantil, que deixa os pais mais tranquilos com o conteúdo que seus filhos estão visualizando. O YouTube Kids é gratuito e foi desenvolvido com foco na usabilidade: a interface é muito mais simples para que seja utilizado com facilidade pelas crianças. Infelizmente ele ainda só poderá ser usado nos EUA.

Além de fazer pesquisas normais as crianças também poderão buscar por voz, e há conteúdos de todos os tipos, principalmente didáticos. O aplicativo já faz filtro automático de conteúdo para crianças, o que garante que seu filho não verá conteúdo inapropriado para crianças.

Os pais podem buscar por produções que ensinam matemática, ou até como fazer certas coisas.

Ajustes para os pais

Uma das preocupações do Google para se dedicar no desenvolvimento desse aplicativo é a segurança da informação consumida pela crianças.

Pensando nisso, desenvolveu algumas configurações interessantes:

Por enquanto o aplicativo está disponível em Android e iOS. Haverá expansão para outros sistemas operacionais, segundo o Google.

 

Crianças estão vendo menos TV

Recentemente, novos dados vem mostrando a rapidez com que as crianças estão saindo da TV e indo para os vídeos na internet.

De acordo com relatórios recentes da empresa de pesquisa Nielsen, assistir TV em casa é uma prática que tem diminuído nos últimos três anos, dentro da faixa etária entre 2 a 11 anos:

Em 2011, as crianças viram em média 110,3 horas por mês de TV. Em 2014 essa média caiu para 102,9 horas.

Por outro lado, na mesma faixa etária, vídeo pela internet internet aumentou 87%, chegando a 6,3 horas por mês em 2014.

Veja o vídeo de lançamento do Youtube Kids – Youtube Crianças

 

Você pode fazer download através desses links:

Android: http://goo.gl/SsDTHh

iOS: http://goo.gl/P0cikI